Quem somos nós?

Não somos críticos de cinema, muito menos jornalistas. Somos apenas pessoas que apreciam passar o tempo assistindo um bom filme sempre que possível, esteja ele na sessão da tarde, no cinema ou na locadora mais próxima.
Pessoas que decidiram expor opiniões a respeito dos filmes vistos, dar dicas, como pessoas normais e não como profissão ou formação. Admiramos a sétima arte como qualquer um que gosta e tem como hobbie ir ao cinema ou, simplesmente fica em casa, comer pipoca e guaraná assistindo filme.
Esperamos que vocês gostem do nosso blog e de nossas opiniões. Comentem e dê-nos dicas!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Rambo IV



Pode-se dizer que sou uma pessoa leiga, que sabe somente o básico sobre a série Rambo, mas que acompanhou toda a polêmica que rondou, e surpreendentemente ronda o quarto e último filme da série e a volta de Silvester Stallone num dos papéis de maior sucesso de sua carreira. Curiosa, fui assistir ao filme com todos os meus preconceitos adquiridos durante toda a minha vida, por exemplo, "como um homem só pode derruba vários com apenas uma faquinha?" ou "como ele pode deter um exército inteiro?"
Então me sentei no cinema a fim de assistir o filme. Como meu namorado, fã do Stallone, falou tudo ocorre na Ásia, nesse caso, numa região chamada Birmânia. Cenas que cortam o coração de qualquer pessoa, e mais ainda, quando você tem conhecimento de que na vida real, aquilo que aparece no cinema é fichinha. E apesar do aparente realismo e dá grande violência explorada ali, a coisa consegue ser muito pior na realidade desses lugares.
Na primeira cena em que o protagonista aparece, o filme me ganhou! Aliás eu cheguei no fim do filme aplaudindo Stallone pela coragem de encerrar essa série com tantamaestria e sendo simplesmente excelente na direção do mesmo. Mas... voltando... a cena foi linda. Ao contrário de vermos um brutamontes velho "programado para matar" vemos apenas um ser humano sofrido, isolado do mundo, aprendendo a conviver com seus erros, traumas, seu passado e, principalmente, com suas perdas. Toda a história de John (como ele se denomina o tempo todo no filme) fica clara a partir de uma combinação muito bem sucedida entre a interpretação tocante de Sly e a fantástica e emocionante trilha sonora tema do personagem ("Homecoming"). As várias perdas sofridas são mostradas em todo o filme: a família, a vida, e a sua humanidade.
Daí, o filme começa. Os missionários querem ir a região de guerra civil a fim de propagar paz, amor e esperança e pedem ajuda a John, que rejeita de primeira ("It's not my business anymore"), mas acaba convencido a levá-los até a outra margem somente. Vemos todo o conflito ideológico entre o grupo pacifista e o protagonista veterano de guerra. E mais, a personagem feminina de Julie Benz é muito importante entre esse grupo, já que é a partir da personagem Sara que Rambo é confrontado e obrigado a encarar seus medos, sua identidade e reavaliar sua vida.
Como já era de se esperar, os missionários são pegos e sobra para o veterano de guerra do Vietnã liderar uma equipe de mercenários para o resgate. Vemos nesse segundo grupo o mesmo rancor e mágoa que Rambo possui, porém com diferentes interesses entre eles. O filme prossegue com altas doses de violência e cenas de guerra, como já esperava... aliás o nível dessas aumentou muito dos outros filmes (pelo que me disseram)
Apesar de ver o que a maioria critica que é o chamado "exército de um homem só", isto é, Rambo derrubando vários e sendo o herói - com pinta de bandido - o filme não se trata disso. Diria que o filme ruma o tempo todo em direção da chamada REDENÇÃO, e é isso o maior barato do filme. A personagem Sara leva Rambo a ver que ele não é uma máquina de guerra, que apesar de todo o treinamento, de tudo o que ele passou e é atormentado por, ele é uma pessoa boa que necessita enfrentar e vencer os fantasmas de seu passado. No final, ele resgata os missionários, mas vai muito além disso, resgatando a sua humanidade. Sua vida. A volta pra casa (detalhe, o nome do seu tema Homecoming) de cabeça erguida é o melhor final que poderiam dar ao personagem vivido por Silvester Stallone. Se ele está ou não em fim de carreira eu não sei e nem me interessa. Para mim, Rambo IV provou que ele amadureceu muito em todos os quesitos e merece todas as palmas por fechar uma trama tão bem sucedida da maneira mais comovente. Demosntrando todo o carinho e cuidado com o personagem que provou ser o mais humano e bem construído do cinema dos últimos tempos.

http://br.youtube.com/watch?v=ED8TEo70oQ4

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom eu realmente não vi nenhum da saga dos Rambos, mas ouvi comentário mto positivos sobre esses filmes. Eu não sou fã so Stalone, mas ele é um bom ator.
Sa vc fez um ótimo blog, parabéns amiga!! ^^

Bjos

Bruno Lima Mota disse...

Muito boa a critica apresentada pela Sara, devido a critica feita por ela ter tocado no ponto central da discussão se Rambo é um filme só de ação ou ele possui um algo a mais. Ela apresentou o que eu e o milhões de fãs da antologia pensam o filme tem o algo a mais.
Rambo não é só o chamado "exército de um homem só" é na verdade a história de um homem simples dos EUA que foi recrutado para lutar pelo seu País no Vietnam e foi mais uma vitima da guerra. Odiado pelo povo de seu País ( Rambo I )ele foge para o sudeste asiático para ter um pouco de paz . Mas como ele é um soldado, e um soldado vai ser sempre um soldado. ele é procurado para as tais missões secretas ( Rambo II e Rambo III) , e agora ele no atual filme com o seu Vietnam "moribundo" ele só quer viver o restante da sua sofrida vida em paz. Mas como nos outros filmes da série ele sempre se envolve na guerra para ajudar as pessoas. Seu lado humanizado entra novamente em ação e ele como a Sara muito bem falou entra novamente em cena; só que dessa vez creio eu que pela ultima vez pois como Stallone fez com Rocky Balboa ele deu um fim para Jonh Rambo. Um final feliz para uma personagem que só buscava como no final da saga voltar para casa