
Foi uma comoção nunca antes vista na história do cinema... filas e filas pra se entrar na sala... Mas ao entrar você não se decepcionava. Pelo contrário, geralmente, você saía chorando e congelado do cinema (esse último mero detalhe...).
Mas vamos lá! O filme conta a história do naufrágio mais conhecido da história e de toda a polêmica que ronda a mesma história - "Nem Deus poderá afundar esse navio!" - mas não é meramente a história do navio. É a história de amor entre a aristocrática Rose de Witt Bukater e do jovem Jack Dawson. Ela, uma jovem triste e presa nas tradições da classe, está noiva de Calledon Hockley (importante magnata) num casamento arranjado a fim de manter o nome e a riqueza da família e, embarca no Titanic como se fosse uma "ovelha indo para o matadouro". Jack Dawson, é um rapaz pobre, de origem humilde, que ganha as passagens pra terceira classe num jogo de pôquer 5 minutos antes do navio zarpar. Ele e seu amigo Fabrízio mostram um lado de que apesar da fome e da falta de dinheiro são muito mais felizes do que o lado rico que vemos entrando no navio. Como ele mesmo se denomina ele é "O Rei do Mundo".
Esses dois estratos sociais diferentes e opostos se encontram num momento conturbado... Rose tenta se matar e aquele jovem a "salva". Se tornam amigos e ela começa a conhecer um mundo em que poderia se sentir livre. O amor é construído e ele começa a fazê-la se sentir feliz com coisas simples. Toda a história desses dois estão entrelaçadas com a história do navio em si. O que traz toda a sorte de emoções.

O filme é longo demais e tem muita coisa que simplesmente não dá pra narrar aqui nesta única resenha. Mas uma coisa que intrigou a mim e a minha avó (Ela era a minha maior escudeira no ato de assistir filmes): Por que raios a Rose se atira da única chance de salvação em prol de ficar com o Jack até o fim? Que burrice, não?! Ela sabia que o navio ia afundar... e não faz isso uma vez só... FAZ DUAS!!!!! Uma ela sai dá uma bela cuspida na cara do noivo irritante dela a fim de libertar Jack, a outra o noivo fala que ambos iriam se salvar, se ela entrasse no bote primeiro... E ela pula do bote! e volta pra ficar com o personagem de DiCaprio. Que amor é esse que leva a essas loucuras? Eu entendi recentemente (pois é...) numa das minhas assistidas (deve estar na casa dos 1000 vzs.).
A máxima da música tema é verdadeira. Eles se amavam sim! Mas mais do que tudo, eles ainda estavam na primeira fase de um amor arrebatador... Eles se conheceram e viveram tudo de maneira muito intensa em muito pouco tempo! Viram as cadeias de classe serem rompidas. Ela se viu pela primeira vez livre e feliz como nunca antes. Se entedermos o conflito que essa moça estava passando e que a levaria ao suicídio se não fosse o jovem em questão, nunca entenderíamos a força que ela ganha a partir desse encontro fortuito para o fim do filme.
O filme é focado nesses dois personagens, mas não se resume a isso. Vemos cenas marcantes na parte do naufrágio, cenas que fizeram muitos saírem com os olhos vermelhos de dentro do cinema. E pior, cenas que realmente devem ter sido reais... Se virmos o enfoque histórico da trama, estamos na primeira metade do século XX, onde a diferença social é predominante. No filme, isso fica o tempo todo claro, mais ainda quando acontece o naufrágio e enquanto os ricos estão tomando os botes a massa de segunda e terceira classe não tinham nem chances de se salvar, pois haviam sido trancafiados a fim de não levar o pânico as classes superiores. Cenas chocantes desse impasse: Uma mãe colocando os filhos pra dormirem para não se verem morrendo; Um casal de velhinhos que vêem a água entrar pelo seu quarto e, como não tem chances de sobrevivência, se abraçam em prol de morrerem juntos, a orquestra que tocou até o fim (isso foi verídico!) como um ótimo pano de fundo ao sofrimento daquelas pessoas, o fato de que somente 1 bote voltou para resgate dos que haviam caído na água, de 15! Tudo mostra o quanto a nossa sociedade era e continua sendo fria com relação aos problemas dos outros e não conseguem enxergar além do próprio umbigo.
A história de Rose e Jack é fictícia, porém todo o resto é muito real. O pano de fundo é real. 1500 pessoas morreram enquanto somente 700 sobreviveram, muito menos da capacidade dos 15 botes. A história é contada de maneira brilhante, onde você chora, ri, se emociona e se apaixona o tempo todo do filme. Recomendadíssimo a todos os que ainda não tiveram o prazer de ver (e rever... rsrs) esse clássico do cinema contemporâneo que recebeu 14 indicações e 11 oscars, incluindo melhor filme e melhor trilha!

Páragrafo a parte: O que é a trilha desse filme?! "My heart will go on" cantado por Celine Dion é somente a ponta do iceberg de 14 músicas que te emocionam até o último fio de cabelo. Se você nunca ouviu as músicas do cd de trilha sonora vale muito a pena!
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