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Não somos críticos de cinema, muito menos jornalistas. Somos apenas pessoas que apreciam passar o tempo assistindo um bom filme sempre que possível, esteja ele na sessão da tarde, no cinema ou na locadora mais próxima.
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ensaios sobre a cegueira



Bem, lá fui eu para o cinema assistir Ensaios sobre a cegueira, filme baseado em obra homônima e conhecidíssima de José Saramago. danado do bonequinho do Globo tinha achado ótimo, mas outras dicas/ críticas eu simplesmente não vi. Ahh, nem li o livro, embora conheça sua história e pessoas que tenham lido. Acho que se tivesse ido esperando algo bom, sinceramente eu teria ficado muito mais revoltada pelo que eu vi.

A história é uma epidemia de cegueira branca, super contagiosa que se espalha pela cidade/país. Os infectados são colocados num prédio psiquiátrico separados do mundo e tem que aprender a conviver. Porém uma única pessoa parece ser imune e mantém em sigilo o fato de enxergar para os outros e praticamente cuida de todos.

O interessante é que a quantidade de pessoas vai crescendo dentro de um mesmo prédio, montando um verdadeiro micro-cosmos da sociedade. Dando espaço a ciúmes, luta pela liderança, e várias outras coisas. Uma verdadeira guerra entre grupos, mostrando como as coisas realmente acontecem na sociedade normal. Porém como são cegos, nada se baseia na raça, ou na cor da pele... tudo é entre setores... Ala 1, Ala 2 e Ala 3.

O roteiro é perfeito. Nos dá um brilhante panorama do que somos como sociedade. De como somos como indivíduos. Como nossos instintos funcionam, como lidamos com o caos. Como mesmo dentro dessa esfera coneguimos ver pessoas que se recusam a confiar nos outros e simplesmente acabam usando de seu próprio egoísmo como proveito. Críticas ao capitalismo. Ao racismo. Tudo muito bem colocado. Quanto ao roteiro, simplesmente perfeito. Nota para o Saramago: 1000!!!!!!

Agora vamos para o enorme problema ao meu ver. É perceptível que a direção seja brasileira. Eu gosto de alguns filmes brasileiros, desde que ele não tenha exatamente os problemas que esse tem. A marca de um filme brasileiro. Um filme que poderia ser muito mais sutil, com uma direção de arte que valorizasse a história em si, seria ótimo. Mas valorizou-se a violência, os sons, uma imagem como se fosse o verdadeiro Carandiru. Tudo o que poderia ser colocado de maneira mais sutil, foi colocado de maneira brusca, rude demais. Com isso, a história acaba ficando confusa e se perde. Eis o problema que sofre os filmes brasileiros. E esse, apesar de poder ter sido bom, pecou feio nesse quesito, e mais cmo tudo isso... foi longo demais! Confesso que fiquei extremamente cansada enquanto assistia. Isso é difícil pra mim!

Pra mim é um filme que poderia ter sido muito mais interessante. Filme pra ser visto em casa (Minha revolta de ter ido ao cinema!). Filme que faltou muita coisa pra eu poder considerar bom.

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